Dentro de mim existe um pontinho.
Um
ponto colorido querendo desesperadamente pintar essa cidade cinza.
Minha mãe já dizia: Leva o branco ou o preto, porque combina com mais
coisa.
Desculpa mãe, mas dessa vez eles não combinam.
Eu
quero cor, quero vida, quero que a alegria volte para esses urbanos. Quero ver
essas cores imaginárias pintando toda essa cidade e quero que as reais corram
atrás de paredes, viadutos e pilastras. Não existe lugar para arte, mas se
existisse seria um lugar em que todos possam vê-la e apreciá-la. Não se
deve trancafiá-la entre 4 paredes, sem nem a possibilidade de ver a luz. Ela é
como pássaro dentro da gaiola, canta de tristeza.
Quero ver, quero tocar, quero me invadir de cores e mostrar pra esse
povo que a vida tem outros tons que não sejam cinza.
Quero verde, quero vermelho, quero azul, quero amarelo.
Quero grafite, quero escultura, quero feira hippie, quero feira de rua.
Quero vida, quero cor, quero arte.
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